quinta-feira, 28 de abril de 2011

Provérbios sobre a verdade e a mentira

"A mentira corre, mas a verdade a apanha."
"Às vezes são precisas muitas mentiras para sustentar uma."
"A mentira só é vício quando faz mal; se faz bem, é uma grande virtude."
"A mentira é o degrau de todos os vícios."
"A mentira, só aos mentirosos prejudica."
"A mentira não tem pés, mas anda veloz."
"Língua comprida, mentira maior."
"A corda da mentira é muito curta."
"A mentira é como a desgraça, nunca vem só."
"A mentira é o tempero da verdade."
"A mentira dá flores, mas não frutos."
"Mentira é sempre vencida."

Andreia Moreira nº4
Bárbara Novais nº5
Tânia Santos nº19

Poema de Almeida Garret

As minhas asas 

Eu tinha umas asas brancas, 
Asas que um anjo me deu, 
Que, em me eu cansando da terra, 
Batia,as, voava ao céu. 
- Eram brancas, brancas, brancas, 
Como as do anjo que mas deu: 
Eu inocente como elas, 
Por isso voava ao céu. 
Veio a cobiça da terra, 
Vinha para me tentar; 
Por seus montes de tesouros 
Minhas asas não quis dar. 
- Veio a ambição, co'as as grandezas, 
Vinham para mas cortar, 
Davam,me poder e glória; 
Por nenhum preço as quis dar. 
Porque as minhas asas brancas, 
Asas que um anjo me deu, 
Em me eu cansando da terra 
Batia,as, voava ao céu. 
Mas uma noite sem lua 
Que eu contemplava as estrelas, 
E já suspenso da terra, 
Ia voar para elas, 
- Deixei descair os olhos 
Do céu alto e das estrelas ... 
Vi, entre a névoa da terra, 
Outra luz mais bela que elas. 
E as minhas asas brancas, 
Asas que um anjo me deu, 
Para a terra me pesavam, 
Já não se erguiam ao céu. 

Cegou,me essa luz funesta 
De enfeitiçados amores ... 
Fatal amor, negra hora 
Foi aquela hora de dores! 
- Tudo perdi nessa hora 
Que provei nos seus amores 
O doce fel do deleite, 
O acre prazer das dores. 
E as minhas asas brancas, 
Asas que um anjo me deu, 
Pena a pena, me caíram ... 
Nunca mais voei ao céu.


Bibliografia de Almeida Garret

Bibliografia de destaque:
"O Toucador" (1822), 
"O Cronista" (1827), 
"Adozinda" (1828), 
"Lírica de João Mínimo" (1829), 
"O tratado da Educação"(1829), 
"Portugal na Balança da Europa" (1830)
"D. Filipa de Vilhena" (1840), 
"O Alfageme de Santarém" (1842),
"Romanceiro e Cancioneiro Geral" tomo 1 (1843); tomo 2 e 3 (1851), 
"Frei Luís da Sousa" (1843),
"Flores sem fruto" (1845), 
"O Arco de Sant'Ana"(1845), 
"Viagens na Minha Terra" (1845), 
"As profecias do Bandarra" (1848), 
"Um Noivado no Dafundo" (1848), 
"A sobrinha do Marquês" (1848),
"Memórias Históricas de José Xavier Mouzinho da Silveira" (1849), 
"Fábulas e Folhas Caídas" (1853).

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Biografia de Almeida Garret

Como estamos a estudar "Falar Verdade A Mentir" de Almeida Garret, decidimos fazer uma pesquisa sobre a vida e obra deste grande ícone da literatura mundial.


João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett, nasceu no Porto em 1799. Em 1809 partiu para a ilha Terceira devido às invasões francesas. Em 1816 foi estudar para a Universidade de Coimbra, frequentando o Curso de Direito. As suas influências liberais datam dessa época, no contacto com outros universitários. Em 1821 editou a sua primeira obra, o poema "O Retrato de Vénus", que foi considerado ultrajante pela censura, tendo Garrett sido obrigado a comparecer a tribunal. Foi também no ano de 1821 que subiu ao palco a sua tragédia "Catão", drama construído à maneira clássica. Com a Vila Francada, exilou-se em Inglaterra em 1823, onde entrou em contacto com a literatura romântica (Byron e Walter Scott). Em 1825 publicou em Paris "Camões", obra marcante para o Romantismo português. Em 1826 publicou "Dona Branca". Após a guerra civil, foi nomeado cônsul geral em Bruxelas. Estudou a língua e a literatura alemãs (Herder, Schiller e Goethe). Regressou a Portugal em 1836 e Passos Manuel encarregou-o de reorganizar o teatro nacional, nomeando-o inspector dos teatros. Além da atividade política e legislativa, Garrett continuou sempre a trabalhar na sua obra e escreveu para o Teatro "Um auto de Gil Vicente" em 1838, Garrett foi opositor da ditadura de Costa Cabral, que o demitiu do cargo de inspector geral dos teatros. Esta terá sido a época mais criativa de toda a sua carreira literária. O triunfo do movimento político da Regeneração (1851), trouxe Garrett à política ativa. Fundou um novo jornal, a que chamou A Regeneração. Devido ao seu temperamento e espírito independente saiu em 1853 do governo regenerador. Regressou então à escrita, iniciando um novo romance, "Helena", que não chegou a concluir pois faleceu em 1854. Como romancista, Garrett é considerado o criador da prosa moderna em Portugal. Na poesia, foi dos primeiros a libertar se dos cânones clássicos e a introduzir em Portugal a nova estética romântica.

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